Lendas dos Orixás

Irokô

“Orixá da ancestralidade e das matas”

Iroko representa a ancestralidade, a antiguidade e os nossos antepassados. Representa também o seio da Natureza, morada dos orixás. É um orixá do mato como Oxóssi e Ossain, sendo a floresta a sua moradia.

Esta divindade vive na mais esplêndida árvore que pode haver numa roça de Candomblé e nas matas – O Pé de Iroko. Esta é a árvore que resiste a todas as variações climáticas e que não se dobra com os ventos fortes. Quando Iroko cai, é com o objectivo de garantir a permanência da comunidade, é para anunciar que algo novo está para vir e para vencer as intempéries. Ao crescer de novo, será uma árvore ainda mais grandiosa e cheia de vigor. Desrespeitar esta grande e sumptuosa maravilha da Natureza é desconsiderar o seu sangue, a sua dinastia, os seus antepassados. Esta, como qualquer outra árvore, jamais deve ser cortada. O Pé de Iroko está directamente relacionado às mudanças de tempo e como tal, deve ser evocado para acalmar as grandes tempestades e os ventos fortes. Do ponto de vista científico, as grandes árvores são apontadas como pára-raios naturais. No sentido religioso, garante a segurança do terreiro, uma vez que é considerado o guardião da ancestralidade.

As suas cores são o branco, o verde e o cinza. Os seus domínios residem nas grandes árvores, nas variações climáticas, nas florestas e na perpetuação e morada dos antepassados. O dia da semana que lhe é consagrado é a Terça-feira.

Saudação: “Iroko i só! Eeró”

Irokô

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