“Senhor das doenças e da cura”
Obaluaê – Omulu – Xapanã
Omulu é a divindade da varíola e das moléstias infecto-contagiosas e epidémicas. No entanto, faz parte da essência vibratória deste orixá, o poder de causar a doença, mas também o de possibilitar a cura da mesma.
Omulu é o dono da terra. Assim sendo, é relacionado com as coisas quentes, uma vez que as doenças que provocam a febre estão a ele associadas.
Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é a sua forma mais velha. Xapanã é porém um nome perigoso e não deve ser pronunciado, pois pode atrair a doença inesperadamente. Assim sendo, a forma Omolu foi a que se tornou mais conhecida e usada. Omolu é o Deus da Varíola e das doenças contagiosas, ou seja, ele pune os malfeitores e insolentes enviando-lhes a varíola.
As roupas de Omolu são inteiramente revestidas de palha da costa. A cabeça e o rosto são também cobertos por um capuz da mesma palha, para que os seres humanos não o olhem de frente, já que olhar directamente para o “Sol” pode prejudicar a visão. Sendo Omolu, Rei e Dono da Terra, é ele que proporciona os mecanismos indispensáveis para a manutenção da vida. Assim sendo, a sua existência está profundamente ligada à vida e à morte.
Omolu não é só o orixá das pestes, das epidemias, das dores e defeitos que elas causam, mas é também o orixá da riqueza e da fartura. A sua festa anual é o “Olúgbajé”, na qual lhe são apresentados pratos de aberem, milho cozido enrolado em folhas de bananeira, carne de bode, galos e pipocas.
Omolu é filho de Nanã, embora tenha sido criado por Yemanjá, e irmão de Oxumaré. Estas três divindades: Omolu, Nanã e Oxumaré, têm os seus assentamentos numa mesma cabana, separada das dos outros orixás.
Segunda-feira é o dia da semana que lhe é consagrado e os seus seguidores usam dois tipos de colares: o “Lagidiba”, feito de pequenos discos pretos enfiados ou o colar de contas marrons com listas pretas.
Na religião católica, Omolu é sincretizado com São Lázaro.
Saudação: ”Ato Tóo”
